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quarta-feira, 10 de junho de 2015

#2 - Os valores do Parkour

Querido diário, resolvi escrever hoje pois cada dia mais torna-se comum ficar diante da seguinte situação quando debate-se com um traceur:

“Zé dus pulo – ‘Parkour é minha filosofia de vida!’; ‘Parkour é meu lifestyle!’; ‘Parkour é a minha vida!’.”


De fato, este é um argumento que deixa claro a intenção de se ilustrar que a prática significa mais que simplesmente saltar de um lado para o outro apenas por lazer. Porém é tangível a falta de base de muitos desses mesmos praticantes para sustentar o Parkour enquanto uma filosofia de vida, ou até mesmo conhecimento sobre os valores essenciais da prática. Diga-se de passagem, que em uma atividade onde lidamos com apropriação e ressignificação de locais, geralmente públicos, faz-se necessária uma linha filosófica digna a gerar um ‘código de ética traceur’ de forma a nortear um padrão de atitudes saudável pra consigo mesmo e com a sociedade. Mas antes de continuar vou deixar claro que não é o objetivo deste texto criar, induzir ou limitar alguma espécie de ’10 mandamentos do Parkour’, e sim apenas discutir alguns do valores que acredito serem essenciais para a mentalidade de qualquer pessoa que deseja se tornar um(a) traceur/traceuse.


A leitura a seguir é bastante extensa, então podem dividir em 2 ou 3 partes, ler metade em um dia e a outra metade no outro, ou ir lendo de pouco em pouco... como preferirem, mas não desistam dela, pois acredito que aprenderão algo bacana no decorrer do post.

O conceito de filosofia é bastante amplo e varia de acordo com a época e filósofo, mas usaremos aqui apenas conceitos mais gerais pra facilitar a compreensão da linha que será criada. Acho interessante antes de continuar, que vocês leiam o absolutamente formidável texto “Parkour, filosofia e ética”, do já citado Bruno ‘Rachacuca’ Peixoto. É sem dúvida nenhuma o melhor texto sobre o assunto que já li, e também, o texto no qual me baseei e inspirei para escrever este post (vocês podem fazer o download do texto inteiro neste link, do falecido pulodogato.com – sdds ç.ç - ).

Filosofia no sentido mais ‘bruto’ quer dizer ‘amor pela sabedoria’ e Pitágoras diz que esse amor é experimentado apenas pelo ser humano consciente de sua própria ignorância. Nesse sentido, a prática filosófica traz a ideia do exercício da própria razão. Da capacidade de se pensar para aquilo que está além do óbvio (Para uma revisão mais aprofundada sobre o tema da filosofia recomendo este texto). Acredito que a partir daí já conseguimos visualizar a importância do pensar filosófico para o parkour, afinal, nós não temos que criar novos caminhos? Explorar o ambiente de diferentes formas? Pensar para aquilo que está além do senso comum? Devemos constantemente exercitar a capacidade de raciocínio, pois dessa forma, seremos traceurs e pessoas muito mais completas.

Ao pensar no porquê das coisas, passamos a enxergar o parkour como algo muito mais profundo do que simplesmente movimentos, performances acrobáticas ou métodos ginásticos de fortalecimento. Vemos uma disciplina que trás consigo essências e valores que servem para tornar o praticante alguém digno, honrado. Apesar de negligenciados por muitos, o parkour traz consigo valores que são extremamente importantes para a prática continuar a ser o que é, mesmo que ela mude seus padrões, moda ou forma de ser praticada. Os valores serão o que manterão a prática completa. Sem eles, somos apenas pessoas pulando, escalando, desrespeitando a ‘ordem natural’ das coisas sem nenhum propósito, e realmente não haveria como dizer pras pessoas que nós não treinamos para fugir da polícia ou que parkour é muito mais que simples saltos mortais feitos com um cenário urbano de fundo.

Valores são os princípios que tangem principalmente a moral ou ética que determinada cultura julga boa ou importante (válido frisar que moral e ética não são a mesma coisa, mas não vou diferenciar os dois neste texto). Os valores são o que influenciam nossas prioridades e forma de agir ou de se comportar. Por exemplo: Trapacear em um jogo, roubar, trair ou cometer algum tipo de covardia é considerado antiético ou imoral pois vão contra os valores que a sociedade considera certo. Importante frisar que nem sempre o que é imoral é ilegal, uma pessoa que trai comete um ato imoral, mas não ilegal. Em suma, a ética e moral tem uma relação direta com os valores considerados ideais. Esta reflexão sobre os conceitos de moral e ética são imprescindíveis para um indivíduo que busca uma vida em harmonia com atitudes boas, porém são temas deveras extensos para dissertar por aqui, então vou deixar apenas essa introdução extremamente resumida no post. Mas também deixarei aqui uma ótima leitura para os interessados em se aprofundar no tema neste link.
Contextualizados com os termos e significados, podemos afunilar o tema para o nosso objetivo, parkour (ufa!).




O Parkour, como já discutido neste post, é uma prática que nasceu de diversas influências e, obviamente, trouxe consigo alguns valores dessas outras práticas, como o Método Natural, o parcours Du combattant e artes marciais. Eu vou citar aqui os que eu realmente acredito ser relevante para todas as pessoas que desejam chamar a si mesmo de traceur ou traceuse. Relembrando que não é meu intuito limitar, restringir ou impor os meus valores, e sim fazer uma correspondência (embora subjetiva) de tudo que aprendi nos meus anos de treino e estudo, tentando respeitar ao máximo a visão dos criadores. Enfim, vamos lá:

Humildade: Virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade. Humildade é assumir, seus direitos e obrigações, erros e culpas  sem resistir,agir diferente disto, é uma arrogância e uma negação da sua origem. (Significados.com)
Característica de pessoas francas, que aceitam a verdade e que têm senso de realidade apurado. Reconhecem seus erros e acertos com a mesma naturalidade.Não subestimam, nem supervalorizam fatos, pessoas, coisas ou a si mesmos! (Dicionárioinformal.com)

Apesar de não ser bem um valor, citei essa virtude pois é imprescindível para um/uma traceur/traceuse que tenha conhecimento de suas próprias limitações, para dessa forma dirigir um treino consciente. Além disso o “saber-se imperfeito” é fundamental para entendermos que por melhores ou mais sábios que sejamos, nós nunca iremos saber e conhecer tudo. Aceitar e entender que não somos melhores e nem piores que ninguém é algo digníssimo e importantíssimo para que possamos sempre nos tornar melhor.

“Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o Céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe.” – Leonardo da Vinci

Altruísmo: Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua atuação espontânea, deve ser aprimorada pela educação positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos naturais do egoísmo. (Comte 1798-1857)

Altruísmo é aquilo que diz respeito ao espírito e prontidão de ajudar ao próximo. O traceur/traceuse é alguém que deve estar sempre apto a oferecer seu apoio, seja em um treino ou uma situação corriqueira como ajudar a empurrar um carro ou ajudar uma senhora com as compras. De nada adianta sermos fortes, ágeis e capazes se não formos úteis.

Autocontrole: controle sobre si mesmo; autodomínio, comedimento, equilíbrio. (Wikipédia.com)

No parkour isso é extremamente necessário. Ter controle sobre seus impulsos, seus atos e emoções é importante para uma prática equilibrada. Quem já viu um pico maravilhoso que era uma propriedade particular, ou foi tentar fazer algum movimento só porque tinha um/uma gatinho/gatinha passando, ou sente vontade de se jogar igual um louco só porque tinha uma gopro apontada na sua direção deveria saber o quão perigoso isso é. Escolher quando não se movimentar é talvez uma das partes mais importantes da prática.

“O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los.” – Gustave Le Bom

“Na condução das questões humanas não existe lei melhor do que o autocontrole.” – Lao Tse

Autoconhecimento: conhecimento de si mesmo, das próprias características, sentimentos, inclinações etc. (Google.com)

Provavelmente uma das coisas mais importantes e também um dos objetivos mais complexos e difíceis no parkour. A prática de conhecer a si próprio é algo fundamental para sua própria melhora enquanto pessoa. Conhecer seus medos, limites, capacidades, potencial, pontos fortes e fracos é algo que sem dúvida alguma vai te proporcionar uma visão muito mais ampla de si mesmo e de tudo o que te rodeia.

“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.” – Sócrates

Respeito: Sentimento positivo que significa ação ou efeito de respeitar, apreço, consideração.
Com respeito não quero dizer apenas o respeito ao próximo, mas também o respeito próprio e o ambiente que te rodeia. Funciona como um tripé: Respeito para com o próximo, autorrespeito e respeito ambiental. Somos animais sociais, então devemos sempre prezar por uma boa relação com os outros praticantes, com os cidadãos que passam por nós enquanto treinamos, com as autoridades policiais e até com os animais do local, para que possamos sempre aproveitar uma boa convivência. O autorrespeito é fundamental pois devemos sempre estar atentos a nossa integridade e a nossos medos. Não sentir medo não significa coragem, significa imprudência. O bom traceur busca sempre ouvir ao seu próprio corpo e saber quando se puxar e quando parar. Respeitar o ambiente fecha o tripé, pois se nós nos utilizamos do ambiente para treinar, nada mais justo que deixa-lo como encontramos. Prezar pela limpeza e integridade do pico é fundamental para podermos continuar treinando ali.

Coragem: Bravura; senso de moral intenso diante dos riscos ou do perigo.

Confiança; força espiritual para ultrapassar uma circunstância difícil.

Perseverança; capacidade de enfrentar algo moralmente árduo.

Hombridade; característica da pessoa de bom caráter. (Dicio.com.br)

A coragem é algo fundamental para qualquer pessoa. No parkour tão importante quanto a capacidade de se movimentar é a capacidade de se sair da zona de conforto. É comum as pessoas acharem que praticantes de parkour não tem medo, e isso é o maior equívoco do mundo. O medo e o bom senso são as maiores ferramentas de segurança do traceur. Mario Sergio Cortella já disse muito bem, “A coragem não é a ausência do medo, é a capacidade de se enfrentar o medo”.

“Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.” – Willian Shakespeare.

Resiliência: conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. (Wikipédia)

Capacidade que um indivíduo ou uma população apresenta, após momento de adversidade, conseguindo se adaptar ou evoluir positivamente frente à situação. (Dicionário informal)

A resiliência é basicamente o diferencial entre alguém com uma mente preparada para uma situação adversa e alguém que vive na sua concha de comodismo. Um traceur ou traceuse deve extrapolar isto para todas as áreas de sua vida. A mesma energia utilizada para se sobressair em um percurso de obstáculos físicos deve ser a mesma energia utilizada para lidar com problemas e situações ruins em sua vida. Esta capacidade é bem subjulgada atualmente e provavelmente represente grande parte do que alguém que treine para se tornar forte (no sentido mais amplo da palavra) almeje.

Insatisfação Positiva: Cortella (aaaa como eu amo esse ser gordo e barbudo) chama de insatisfação positiva aquele sentimento que sempre te mostra que ainda temos algo a melhorar. Aquilo que motiva a nossa ambição, que nos faz sempre querer mais e melhor. Essa busca constante na melhora é o que motiva o/a traceur/traceuse a sempre buscar uma nova forma de ser melhor que ontem. Alguma dúvida do quanto isso é importante para nossa vida?
“Perfeição é a busca constante da melhora”

Estes valores e virtudes juntos constituem uma boa referência do que a comunidade, de maneira geral, considera posturas e características corretas de um bom praticante e são as que eu, particularmente, considero essenciais de serem colocadas em pauta para um bom desenvolvimento da prática em seu sentido mais amplo. Obviamente, como eu disse antes, essa lista não é uma lei e em absoluto representam a totalidade de valores da prática. São apenas alguns valores que podem servir de parâmetro para se adquirir uma postura que gere um exemplo e convivência saudável dentro da comunidade do parkour, e da sociedade como um todo.

Poderia ainda falar sobre uma infinidade de características que complementam um bom praticante, como autonomia, foco, determinação, disciplina, confiança, paciência, persistência, criatividade... mas além de esse texto ficar ainda maior, acredito que entraria em méritos tão intrapessoais que esse post ficaria parecendo mais um artigo de auto ajuda do que uma discussão sobre valores.

 Entretanto, eu não poderia de maneira alguma finalizar um texto sobre valores e a essência da prática sem citar os lemas mais conhecidos pelos traceurs e traceuses. Embora trazidos do método natural, esses lemas trazem consigo uma essência e uma crítica tão fortes que mesmo sendo pontuações do início século passado, ainda são discussões bem pertinentes aos modelos atuais de Educação Física. Mas como o estudo da obra de Hebérts é deveras extenso, aconselho que pesquisem por conta própria para aprofundarem-se sobre o assunto. Porém deixarei abaixo boas referências de estudo para os interessados. Então de uma forma bem resumida, pois não quero prolongar-me muito mais

“Ser Forte para Ser Útil”
Hébert defende em sua obra que o corpo humano, mais do que forte, deve ser funcional. Segundo ele você deve estar apto a muito mais do que simplesmente levantar cargas repetidas vezes para melhorar a estética corporal. Você deve ser forte sim para levantar e carregar cargas assim como arremessá-las, mas também deve ser capaz de andar, correr, escalar, quadrupejar, equilibrar-se sobre diferentes superfícies, nadar, saltar e defender-se. Deste ponto de vista, treinar unicamente pela estética torna-se algo fútil, sem utilidade.
O corpo do traceur deve ser capaz de realizar todas as chamadas “10 habilidades naturais” citadas por Hébert, em função de desenvolver seu corpo de forma funcional e útil. Muito mais do que simplesmente preparar o corpo, Hébert diz que deve-se fomentar um forte senso moral de altruísmo (que já citamos anteriormente). Dessa forma você se torna “forte” e “útil”.

Resumidamente ‘Ser forte pra ser útil’ quer dizer: De que adianta você ter um corpo bonito se ele não é funcional? E de que adianta ser forte se você não usa essa força para ajudar ao próximo? Basicamente esse lema, dentro do parkour, questiona se o preparo que ganhou está sendo utilizado para fins egoístas ou fúteis.
O Beto Brandão, criador de conteúdo do ‘Papo de homem’ e do ‘De cima do muro’ fala muito bem sobre isto neste link e neste link

“Ser e Durar”

Este lema defende justamente o respeito para com o próprio corpo (que já foi citado acima).  A prática do parkour pode ser uma prática perigosa se for realizada de maneira imprudente e negligente, então é sempre necessário frisar valores que defendam a integridade física e mental do praticante. Dessa forma devemos ‘usar e não abusar’ de nossos corpos, afinal nosso corpo é o principal veículo para a ultrapassagem de obstáculos. Um carro quebrado não leva ninguém a lugar nenhum. Então é necessário sempre lembrar que devemos cuidar de nossos corpos para podermos ser ‘úteis’ por muitos anos. Ninguém quer treinar apenas 2 anos, se machucar e passar a vida toda com dores por um segundo de inconsequência ou despreparo. Este lema existe para lembrarmos que devemos ‘durar’ na prática. Essa responsabilidade de ‘cuidar de si próprio’ para treinar sempre é importantíssima. Devemos ser cautelosos, respeitar nossos corpos para que ele possa ‘durar’ mais. Claro que isso não tem a ver com ‘viver por mais tempo’, e sim com prolongar a nossa vida útil dentro do parkour. Não adianta se jogar para um drop de 5 metros hoje, se amanhã você não conseguir andar. Então acredito que ‘Ser e Durar’ seja muito bem representado por um estado de sustentabilidade com o próprio corpo, ou seja, treinar hoje, para poder continuar treinando sempre. Para isso precisamos de cautela, bom senso e preparo. Como diz Cortella: “O corpo é uma coisa tão legal que se cuidarmos dele direitinho, ele dura a vida toda”.

O Eltiene Soares elaborou uma pesquisa interessantíssima sobre o tema e publicou em forma de artigo. É uma boa leitura, quem se interessar pode acessá-la neste link.

Nunca é demais reforçar que eu não sou o dono da verdade e quero que se sintam livres pra criticar e debater sobre tudo o que foi exposto, afinal, eu também erro.

Valores são algo que já existem em uma comunidade, independente de você conhecê-los ou não, de pratica-los ou não. Os valores representam os ideais que a sociedade considera corretos, e isso já faz parte da educação de uma pessoa desde que ela nasce. O objetivo do texto não foi querer dizer que se você não quer seguir esses valores, você não é um traceur. Quis dizer que se quiser se aventurar no parkour é interessante que conheça os valores que toda comunidade preza para gerar uma boa relação com todos.

E, FINALMENTE, chegamos ao final desta postagem, espero que isso ajude aos novos e antigos praticantes de alguma forma, seja com um novo aprendizado, seja pelo estímulo de relembrar e refletir sobre esses aspectos. A prática de bons valores sempre ajudará a fazer com que o parkour e seus adeptos cresçam e se enobreçam cada vez mais. Sempre existirão traceurs hipócritas, falsos profetas que se baseiam numa ideologia que não seguem para vender uma pessoa que não são com valores que não respeitam, mas desejo a todos sabedoria para não seguirem tal exemplo.

Qualquer dúvida, crítica ou comentário, por favor sintam-se a vontade para deixar seu ponto de vista abaixo. Esse ambiente é nosso.

Bons treinos.

Atenciosamente, Um Traceur.


Agradecimentos especiais a Marina Neves, ao Duddu Rocha do DCM e a Millena Barbosa (Hyna) da Flowing pela ajuda com o Texto.

Referências:
http://www.significados.com.br/
http://www.dicionárioinformal.com.br/
http://www.dicio.com.br.br/


5 comentários:

  1. parabéns! o texto está muito bem escrito e com referências ótimas!

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    1. Obrigado!!!!
      Espero poder ter contribuído com algo.
      E parabéns pela garra de ler até o final. kkkk

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    2. Cara... Muito bom o texto, parabéns! Obrigado por isso hehe'

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Parabéns e obrigado pelo texto! Não sou tracer mas enquanto professor, tenho tentado aplicar o Parkour nas minhas aulas de ED. Física escolar. Com certeza não é prática pela prática, vai além!
    Obrigado pela contribuição!

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