Querido diário, hoje irei começar o primeiro dia de
postagens oficiais sobre o mundo do parkour na minha ótica e perspectiva.
Nada mais justo que começar essa caminhada refletindo e elucidando uma das perguntas mais frequentes que ouço das pessoas que não conhecem o que eu faço: “Afinal, o que é parkour?”.
Nada mais justo que começar essa caminhada refletindo e elucidando uma das perguntas mais frequentes que ouço das pessoas que não conhecem o que eu faço: “Afinal, o que é parkour?”.
Responder a essa pergunta é simples e ao mesmo tempo
complexo, afinal, numa realidade onde a maioria dos vídeos (de parkour) que
viralizam por aí mostram justamente o oposto do que pregam os valores da
prática, mostrar para um leigo do que se trata a disciplina por trás da
movimentação torna-se uma tarefa verdadeiramente desafiadora.
Para responder esta pergunta eu tentarei seguir uma linha
que vá de acordo com as principais referências internacionais do parkour hoje,
de modo a respeitar a visão dos próprios criadores e a abranger ao máximo toda
a potencialidade que a prática desenvolveu com o tempo. Para isto, tentarei
usar aqui o máximo de referências científicas relacionadas com o parkour,
entrevistas com os criadores e parte da teoria passada durante o curso do
A.D.A.P.T. Também, não usarei aqui nenhuma referência que não tenha plena
confiança em seu conteúdo e veracidade.
A partir de agora muitos mitos que são repetidos por muito
tempo pelos praticantes serão discutidos, e com certeza quem não faz ideia do
que é parkour terá uma base mais aprofundada para começar a entender a disciplina,
além de entender que a prática é muito mais complexa do que é mostrado na maior
parte dos vídeos e filmes atualmente. Lembrando que o objetivo deste texto não
é o de aprofundar-me na história do parkour, e sim focar na explicação do que
se trata a atividade. Obviamente me basearei em alguns pontos específicos da
linha do tempo da disciplina, mas sem atentar especificamente na história em si
(isso ficará para um outro post). Sem mais delongas.
Julie Angels em sua tese
de doutorado explica parkour/l’art du
deplacement/freerunning como: “ Um método de treinamento físico e uma
maneira particular de se pensar sobre movimentação e um mapeamento espacial
criativo. É uma atividade física e mental que envolve apenas a utilização do
corpo para superar obstáculos (físicos e mentais) em um percurso. Isso pode
envolver correr, escalar, vaultear*, saltar, se equilibrar, ou qualquer outra
forma física de se mover de um ponto a outro. Alguns simplificam isso afirmando
se tratar de encontrar uma forma de sair de um ponto A e se chegar a um ponto
B. É um método que envolve aprender a superar seus medos e limitações através
do aprimoramento da relação entre corpo e mente e da coordenação de sua própria
movimentação em qualquer terreno.”.
A definição de Angels é
uma definição bastante completa da prática.
Quem é de fora do mundo
do parkour provavelmente está se perguntando: “Mas l’art Du deplacement?
Freerunning? WTF?”
Apesar de essa diferenciação
na nomenclatura ser completamente inútil, é paradoxalmente necessário
contextualizar os leigos sobre essas diferentes nomenclaturas e o que
significam. Justamente porque neste ponto, muitos praticantes já devem estar
tendo comichões e coçadinhas no corpo inteiro quando viram que Parkour/l’art Du
deplacement/freeruning são explicados como a mesma coisa. Pois é, Parkour, l’art du deplacement e Freerunning são,
na realidade, a mesma prática, aplicadas como expressões diferentes em
situações e tempos diferentes. Já explicarei o porque.
Antes de avançar, é
necessária uma pontuação. É comum associar a criação da prática unicamente ao
Leito, digo, David Belle. Esse é o erro mais comum e provavelmente o mais
crítico ao se interpretar a história do parkour. A atividade foi criada por um
grupo de pessoas em conjunto que tiveram papéis importantíssimos para o
desenvolvimento do que conhecemos hoje como Parkour. Essas pessoas formavam um
grupo multiétnico que seria conhecido posteriormente como Yamakasi. Faziam parte
dessa “formação original”: Châu Belle-Dinh, Williams Belle, David Belle,
Guylain N'Guba-Boyeke, Malik Diouf, Sébastien Foucan, Yann Hnautra, Charles
Perrière e Laurent Piemontesi.
A prática do parkour originalmente,
não era chamada por um nome, se tratava basicamente de brincadeiras e desafios feitos
pelo grupo de amigos nos subúrbios da capital Francesa, mais especificamente
Evry, Sarcelles e Lisses. Com o tempo todas essas brincadeiras e desafios foram
amadurecendo juntamente a seus envolvidos . Os treinos foram ganharam mais
seriedade, profundidade, sentido e aos poucos aquilo foi tornando-se o método
de treino e disciplina adotada por eles (para mais detalhes leiam o trabalho de
Julie Angels na íntegra). Os garotos foram tornando-se jovens com uma
capacidade de movimentação impressionante, sendo reconhecidos pelos moradores
da região. Logo surgiu a oportunidade de aparecerem na televisão, mais
especificamente em Stad 2 (um canal de
televisão francês), com a oportunidade veio também a necessidade de dar ao que
faziam um nome (até então a prática era chamada simplesmente por parcours , palavra francesa que quer
dizer ‘percurso’). Foi então que em 1997, graças a oportunidade de aparecer na
televisão, o grupo achou necessário uma forma de se referir a prática.
Sebastien Foucan então sugeriu o nome “l’art
Du deplacement”, ou em português, “arte do deslocamento”. O grupo se identificou com o nome mas acabou
se separando depois disso. David Belle, nesse mesmo ano, por uma questão de
marketing adotou o nome “Parkour”, uma referência ao “parcours Du combatant” que era praticada por seu pai (e que
discutiremos mais em um outro DDT) e um segundo nome para a mesma prática,
fazendo desta uma marca, algo pelo qual Belle viria ser reconhecido como “dono”
posteriormente e faria uma ligação direta com o que aprendera com seu pai,
Raymond. Mais tarde, Sebastian Foucan durante o documentário “Jump London” no
canal inglês Channel 4 trás a tona um
terceiro nome para a mesma prática, Freerunning, nome este que desencadearia
uma interpretação mundial totalmente distorcida da real intenção de Foucan. Seu
objetivo era apenas mostrar ao público inglês a sua interpretação da mesma
prática que sempre treinou e graças a sugestão de Guillame Pelletier, acreditou
que um nome em inglês resultaria num maior apelo com o público britânico. Mas,
como o ser humano é um bicho idiota, cada um interpretou as 3 nomenclaturas de
uma forma, e criou-se uma errônea separação entre as práticas. Hoje sabe-se que
elas representam a mesma essência e os mesmos valores e portanto são apenas
nomenclaturas diferentes adotadas em contextos diferentes para se dirigir a
mesma atividade. Nós costumamos utilizar o termo “Parkour” como mais aceito
apenas para facilitar a comunicação. (O Bruno Peixoto, diretor da ParkourGenerations Brasil, explica muito melhor toda essa confusão neste vídeo)
A própria Julie Angels
explora os conceitos de cada nomenclatura em seu trabalho e afirma não parecer
haver distinção entre elas. “Eu irei me referir como parcours, l’art du
deplacement, parkour e freerunning durante a tese dependendo do contexto
histórico e das informações vindas dos informantes. [...] Eu acredito ser
importante a distinção entre as respectivas disciplinas como isso aprofunda as
identidades dos fundadores, mesmo que as práticas pareçam ser a mesma coisa
para um leigo ou mesmo na perspectiva de um traceur” (Angels, J. Ciné Parkour:a cinematic and theoretical contribution to the understanding of the practiceof parkour. Página 15)
Angels claramente deixa claro neste parágrafo que a importância de diferenciar as práticas se justifica apenas para uma abordagem histórica, e que a diferenciação se dá pelas 'identidades dos criadores', ou seja, ego. Claro que cada um dos criadores queria a sua 'fatia do bolo', e gostariam de ser reconhecidos pela criação de algo, então, no primeiro desentendimento que aconteceu (no caso, por conta do nome) cada um pegou suas coisas e buscou reconhecimento da sua própria maneira. Porém, essa divisão por ego, não descaracteriza a mesma essência, os mesmos valores e a mesma disciplina praticada por todos, toda esta zona teve início apenas por orgulho.
Angels claramente deixa claro neste parágrafo que a importância de diferenciar as práticas se justifica apenas para uma abordagem histórica, e que a diferenciação se dá pelas 'identidades dos criadores', ou seja, ego. Claro que cada um dos criadores queria a sua 'fatia do bolo', e gostariam de ser reconhecidos pela criação de algo, então, no primeiro desentendimento que aconteceu (no caso, por conta do nome) cada um pegou suas coisas e buscou reconhecimento da sua própria maneira. Porém, essa divisão por ego, não descaracteriza a mesma essência, os mesmos valores e a mesma disciplina praticada por todos, toda esta zona teve início apenas por orgulho.
Portanto, Pk/Fr/Add, representam
a mesma disciplina, com os mesmos valores e a mesma essência. Nós costumamos
adotar a nomenclatura “Parkour” para se referir a prática para facilitar a
comunicação (E isso, inclusive é passado durante o curso de formação de
instrutores da Parkour Generations, o ADAPT ).
Devidamente
contextualizados com os termos, vamos prosseguir.
O Parkour traz na sua essência, influências de várias modalidades diferentes. Possui técnicas ginásticas de fortalecimento, padrões de movimentação parecidos com o atletismo, níveis de desafios encontrados na escalada livre, autodisciplina e concentração das artes marciais, semelhanças indubitáveis do parcours Du combattant e por aí vai. Inclusive os criadores eram praticantes de diversas modalidades diferentes, como mostra o próprio Ciné Parkour de Angel e entrevistas com os criadores.
Basicamente o Parkour
utiliza-se de uma série de técnicas e padrões de movimentação aplicadas em
conjunto para movimentar-se no ambiente utilizando o próprio corpo como veículo
para transpor obstáculos, explorando o mundo de maneira desafiadora e
divertida.
Trabalhamos com a ideia
de que podemos utilizar nosso corpo de diversas formas diferentes a fim de
fortalecê-lo, aprender a controlá-lo, desafiá-lo e dessa maneira sair da zona
de conforto, buscando continuamente uma forma de ser e fazer melhor.
Quando falamos da
utilização do corpo de diversas maneiras e se tornar melhor com isso, uma boa
forma de se orientar é através do trabalho de George Hebérts, o “Methode Naturelle”.
Em uma viagem a África ele observou tribos indígenas e como as pessoas nestas
tribos tinham corpos fortes, resistentes e úteis para a comunidade em que
viviam. Se espantou em observar que apesar de serem extremamente fortes, eles
não passavam por nenhuma forma específica de treinamento, não haviam academias
e nem nada do tipo. Seu único instrutor era apenas seu dia-a-dia na natureza.
Em seu trabalho Hebérts defende que um corpo útil deve ser forte. Útil em uma
situação de emergência, útil sendo altruísta, útil sendo autônomo, útil sendo
eficiente e capaz... enfim. Daí então vem o principal lema de sua filosofia: “Etre fort per Etre utile” ou, em
português “Ser forte para ser útil”. Este se tornou um dos lemas mais fortes
dentro do parkour, sendo levados a sério por muitos em seus treinos. Heberts
então, através de suas observações dividiu os padrões naturais de movimentos
humanos em 10 famílias. São elas:
·
Andar
·
Correr
·
Saltar
·
Escalar
·
Quadrupejar
·
Equilibrar
·
Levantar e carregar cargas
·
Arremessar cargas
·
Se defender
·
Nadar
Esta classificação
norteia bastante a prática do parkour, pois como “utilização dos padrões de
movimentação” queremos dizer exatamente isto.
Nós corremos, saltamos,
escalamos, nos equilibramos, rolamos, rastejamos e utilizamos todo o tipo de
movimentação ao nosso alcance para ultrapassar obstáculos e nos tornarmos
fortes.
Charles Moreland, da
Rochester Pk de Nova York, em uma palestra para a TED fala muito sobre os
comodismos contemporâneos. Vivemos hoje numa sociedade acomodada a rotinas.
Acordar, sentar pra comer, transitar num carro ou ônibus, trabalhar sentado, sentar
pra descansar e assistir televisão ou jogar videogame e deitar pra dormir.
Comparando isso as variedades de movimentação idealizadas por Hebérts, quantos
destes padrões deixamos de lado tendo em vista as facilidades tecnológicas e
ergonômicas da vida moderna?
O Parkour traz a ideia
de que somos capazes de sair da zona de conforto imposta pela sociedade em que
vivemos atualmente. Com partes remanescentes da filosofia autônoma do Methode
Naturrelle, parkour prega uma constante evolução em todos os aspectos do
desenvolvimento humano, com o objetivo de se tornar uma pessoa autônoma,
independente e livre o suficiente para saber fazer suas escolhas baseadas em
valores como respeito, honra e humildade. Apesar de ter citado aqui os termos “liberdade”
e os “valores” esses dois temas são deveras complexos, e deixaremos isso para
um outro post.
Hoje em dia, o parkour
foi difundido no solo de várias nações ao redor do mundo. Obviamente isto fez
com que cada cultura imprimisse parte de sua cultura na prática, o que fez com
que ela se desenvolvesse de uma forma positiva e negativa ao mesmo tempo,
explicarei o porque.
Se pegarmos Traceurs aleatórios de cada país
do mundo e observarmos atentamente a movimentação de cada um, você notará que,
apesar de todos estarem praticando a mesma atividade, cada um se expressa de
uma forma particularmente única. Essa diferença, na minha humilde opinião é
melhor visualizada principalmente na movimentação de Russos, Franceses e Ingleses...
cada um pende para uma forma de movimentação única, que eu realmente acredito
ser a impressão da própria personalidade cultural dentro da prática. Eu não
tenho absolutamente nada científico que sustente essa minha teoria, mas
adoraria ver um debate ou uma iniciativa acadêmica abordando este tema. Em todo
caso, visto que o parkour se enraizou de forma subjetiva em cada lugar, o desenvolvimento
da prática ao passar dos anos também passou a abranger uma imensidão de padrões
e formas de se interpretar a atividade. Isso é:
1 – Positivo, pois isso fez com que o Parkour se enriquecesse ainda mais com visões, filosofias e motivações diferentes. Dessa forma cada cultura agregou algo para a atividade e cada pequena adição fez com que o parkour desenvolvesse uma potencialidade maior e maior.
1 – Positivo, pois isso fez com que o Parkour se enriquecesse ainda mais com visões, filosofias e motivações diferentes. Dessa forma cada cultura agregou algo para a atividade e cada pequena adição fez com que o parkour desenvolvesse uma potencialidade maior e maior.
2 – Negativo, pois
juntamente a propagação absurda que a prática obteve, veio também a diluição de
valores essenciais do Parkour, como respeito ao próprio corpo e importância do
fortalecimento e de um treino consciente, valores que em geral podem ser
resumidos em “Ser e Durar” (Outro lema do Método Natural adotado pelo Parkour
que prega que deve-se sempre treinar pensando em respeitar seu corpo para
treinar sempre, afinal, de nada adianta um drop de 6 metros de altura hoje, se
amanhã vai estar com dores e nem aguentando andar, que dirá treinar, em todo
caso este é um tema que merece uma atenção particular, e trataremos disso num
próximo post). Como prova disso temos hoje vários iniciantes querendo treinar
parkour só pra aprender a virar mortal, só pra gravar vídeos ou impressionar as
outras pessoas, isso não apenas oferece perigo para o próprio praticante como
passa a ideia errada do que se trata o parkour. O sempre gostoso Chris Rowatt,
da Parkour Generations, fala mais especificamente sobre esse tema aqui.
Enfim, atualmente o
parkour é praticado de uma forma bem diferente do que era originalmente, a
prática evoluiu e hoje temos uma visão bem ampla da modalidade, que envolve
desde interpretações artísticas com performances impressionantes até
autodisciplinas regradas focadas em ajudar o próximo e tornar-se melhor.
Conceituar o Parkour
atualmente é uma tarefa bem desafiadora, mesmo para os praticantes mais experientes.
Ainda não existe uma linha de pensamento que chegue a um consenso sobre o real
conceito de Parkour. Por vezes ele é citado como um esporte, arte, disciplina
ou filosofia. A falta de estudos aprofundados na área torna a busca pelo real
conceito do Parkour extremamente subjetiva. Não é o objetivo deste post o
estabelecimento de um conceito predominante. Aqui direi apenas que você pode
entender Parkour como quiser, menos como esporte.
Barbanti cita que para
uma atividade ser caracterizada como esporte, esta deve acontecer sobre
condições específicas. “o esporte é caracterizado por alguma forma de competição
que ocorre sob condições formais e organizadas.”. Parkour é na sua essência uma
atividade não competitiva, como cita Foucan, em seu livro Find Your Way, David Belle e milhares de outros tracers ao redor do
mundo. “Creio que o objetivo principal do Parkour seja nos tornarmos completamente
autônomos em nossas vidas.”, “Treinamos para quando encontrarmos um problema,
sermos capazes de enfrentá-lo” (citações de David Belle na entrevista “Eu salto
de telhado em telhado”). Barbanti cita ainda que “o fenômeno esporte envolve uma
atividade física competitiva que é institucionalizada.”. Não existe ainda uma
federação internacional que fiscalize a prática do Parkour a nível
institucional, e que estabeleça padrões ou regras para a prática da atividade.
Então em resumo, seguindo a linha de pensamento de Barbanti, Parkour não é
institucionalizado, não acontece sob um conjunto de regras, portanto não há
maneira de se haver competição. E já que o Parkour não acontece sob as
condições de um esporte, não pode ser considerado um esporte, pelo menos por
enquanto.
Portanto meu amiguinho,não, parkour ainda não é um esporte, porém nada impede que venha a se tornar um dia.
Portanto meu amiguinho,não, parkour ainda não é um esporte, porém nada impede que venha a se tornar um dia.
Pra finalizar esse post
IMENSO, vou deixar aqui uma definição que eu particularmente acho bem completa.
Parkour é uma atividade que consiste na utilização de técnicas corporais como correr, saltar, escalar, rolar e se equilibrar para explorar o ambiente de uma forma desafiadora e divertida. Trata-se do processo de preparo que tem por objetivo aprender a lidar com obstáculos de natureza física (muros, corrimãos, lixeiras, bancos, arvores...) e mental (medo, insegurança, autoestima e etc).
Além de ter lido esse texto e estudar em outras referências também, uma boa forma de entender o que é realmente Parkour é simplesmente praticando. Então se você aí, leu até aqui e ainda não conseguiu entender muito bem, sem problemas, tente começar. Saia um pouco da sua zona de conforto e venha aprender algo novo, o máximo que pode acontecer é você não gostar.
Parkour é uma atividade que consiste na utilização de técnicas corporais como correr, saltar, escalar, rolar e se equilibrar para explorar o ambiente de uma forma desafiadora e divertida. Trata-se do processo de preparo que tem por objetivo aprender a lidar com obstáculos de natureza física (muros, corrimãos, lixeiras, bancos, arvores...) e mental (medo, insegurança, autoestima e etc).
Além de ter lido esse texto e estudar em outras referências também, uma boa forma de entender o que é realmente Parkour é simplesmente praticando. Então se você aí, leu até aqui e ainda não conseguiu entender muito bem, sem problemas, tente começar. Saia um pouco da sua zona de conforto e venha aprender algo novo, o máximo que pode acontecer é você não gostar.
Poderia ainda escrever por horas aqui até que
isto virasse um livro, mas vou parar por aqui. Espero ter contribuído em algo
com você que teve a paciência de ler até aqui. Sinta-se a vontade para
discordar, debater, criticar e construir conhecimento.
Bons treinos .
Bons treinos .
PS: Agradecimentos especiais ao Duddu, do Parkour Aracajú e do DCM pela ajuda com o texto.
Atenciosamente:
Um Traceur.
Muito bom! me empolgou ! eu gostaria de acrescentar também o que acho (rs)...
ResponderExcluirPara mim, além de tudo que escreveu eu considero o Parkour como uma forma de educação dos sentidos: Aprender a ouvir, não só externamente, a sentir, não só internamente, a ver, com o corpo inteiro, respirar , para além do oxigênio, degustar, além do gosto, preferência e energizar o espirito (6º sentido).
abraços enérgicos! Obrigado pelo texto!
Índio Medeiros